"Quero poder andar por ai.Conhecer lugares e pessoas. Quero amar e dizer que o amor não é apenas um conto, Mais uma realidade."

terça-feira, 31 de março de 2009

ASAS!!!!

Minhas asas já estão abertas
Retesadas até o limite
Prontas para alçar voo...
Ouço o vento me chamar
Sinto meu corpo urrar desesperadamente por sair do chão
Trasladar da terra para o ar...
Então por que ainda não estou voando?
Por que continuo sentindo meus pés tocarem o chão?
Sentindo minha pele ser perfurada pelas milhares de pedrinhas que piso
Sangro...mais continuo a andar...na esperança de subir...
Tenho que voar...tenho que mergulhar no céu...ele me espera
Quero pairar sobre o mar...quero sentar no cume das montanhas..
Quero beijar as copas das árvores....
Quero olhar toda a vida de cima...
Minhas asas batem furiosamente....o barulho é alucinante...
È como um furacão que se aproxima...uma tempestade preste a desabar...
Forço...grito...suo...
Mais não levanto um centímetro que seja
Continuo cravado no chão
Enterrado na terra...
Então minhas asas se fecham de repente
Recolhem-se e se escondem nas minhas costas...
Não foi dessa vez que levantei voo
Talvez eu não saiba mesmo como voar...
Ou então Ele esteja certo no que disse:
"Não é necessário levantar do chão sempre para poder voar"

domingo, 29 de março de 2009

ENTRE....

"Entre escolher um caminho
percorrido por varias
pessoas e outro que nunca foi explorado,
prefiro me arriscar no segundo...
Se na metade do caminho eu
descobrir que o motivo
é por que não leva a lugar nenhum
só precisarei voltar...
Todo caminho ensina algo
Mesmo que seja para dar meia volta e seguir um outro"

quinta-feira, 26 de março de 2009

ENTREGA!!!!!!

Sim tenho essa capacidade enorme de entrega
De me envolver de corpo e alma em algo que quero
Que acho necessário para mim...
Sou alguém que não tem medo, que sabe a hora de dar mais um passo
(as vezes acerto...e outras erro)
Mais não titubeio....mesmo que as vezes me falte um pouco de coragem...
(è normal recear ter o desconhecido a sua frente)
O muro em certas ocasiões parece ser muito grande e tenho medo de sua altura...
(não me arrisco escalar, tenho outros métodos)
Mais sigo em frente
Uma hora consigo contorna-lo ou encontrarei um ponto para salta-lo...
Sei a hora de subir mais um degrau
Mesmo que falem ao contrario
Não...deixem que na minha estrada eu caminhe...meus pés ainda andam...querem andar...
Não queiram lutar as minhas lutas...pois são minhas....
Não me importo com caras feias
(então trate de mudar essa cara, a época de bicho papão passou para mim)
Não me importo com as críticas, a inveja e com os olhares duros que me dirigem
Mais não tampo o ouvido, preciso ouvir o que falam de mim...somente ouvir...
Confio em mim...e sei que o que peço é muito..mais não impossível...
Dou muito trabalho ao meu anjo da guarda
Mais gosto de ouvi-lo sussurrar no meu ouvido uma palavra de segurança
Gosto do barulho de sua espada saindo da bainha...
Das suas asas batendo...
As vezes sofro...faz parte....
A entrega foi demais, me dei por completo...mais não o suficiente....
(nunca se contentam apenas com o corpo, querem o sangue, tentam chegar a qualquer custo na alma)
Perfuram a carne, deixam cicatrizes na pele
E partem...pois já fizeram o que tiveram que fazer...
Por que se entregar não é fácil
Requer muito da gente...muito das nossas forças
Energias que exaurem, que nos tornam fracos, a mercê de tudo...de todos...
Tantos sonhos...tanto amor....tanta entrega....
Sigo meu caminho...uma hora aprendo e talvez me entrego menos....

domingo, 22 de março de 2009

MEMÓRIAS DE UMA ASSASSINA (Continuação)

Muitas vezes a sensação que sentia era como se tivesse me entregado toda ao universo. Era como se a cada minuto uma estrela surgisse lá em cima, e eu fosse esta estrela, e que brilhasse com toda a intensidade que uma estrela deve brilhar, mais esse brilho durava pouco, então entendia que um buraco negro tinha se aproximado, talvez ele sempre tivesse estado ali, mais só agora o via, ele se chamava solidão... tinha chegado a hora de lutar.....
(Palavras de uma pessoa que aprendeu um jeito de se encontrar)

“Ana Luisa” a voz lhe fez voltar para seu quarto.
Estava lembrando dos cobertores ainda desarrumados sobre a cama...dos travesseiros jogados no chão...da roupa espalhada pela casa...dos beijos...dos toques...
E depois horas mais tarde naquela mesma noite quando mais uma vez tinha se entregado, feito todo o ritual de contar seus segredos, suas vontades e seus planos....ouviu como se fosse a própria voz da tempestade falando às palavras que ela conhecia tão bem, e que mais uma vez desabava sobre ela;
“Não voltarei mais”
Não dormiu aquela noite, fechava os olhos mais o sono não vinha.
Vinha como sempre nessas horas outra coisa, a vontade de se atirar ali de cima.
De se jogar do quarto e deixar que seu corpo se espatifasse lá embaixo na avenida....assim ele aprenderia a não mais se entregar....aprenderia a viver sem a necessidade de outras mãos, pernas...aprenderia a não ter sempre outro corpo sobre o seu.....
Ouviu quando ele levantou, quando foi ate o banheiro. Ligou o chuveiro...o barulho da água caindo do seu corpo no chão, a água misturada ao suor que tinham feito ao se entregarem horas antes um a o outro indo para o ralo.... ouviu quando atravessou a sala, quando fechou a porta e depois mais nada...apenas seus soluços pelo quarto...apenas aquela dor a sufocando....apertando sua garganta...a maltratando....
Por um instante pensou em tirar a própria vida. Se matar ali mesmo, mais não tinha coragem...sempre fora covarde...o mínimo que conseguira fazer uma vez foi um pequeno arranhão no pulso com uma gilete...para passar o dia todo caída no chão chorando pela sua falta de coragem....pelo seu medo...pelo sangue na pia... pela sua vida.....
“Ana Luisa de Almeida”
Ela acorda do seu devaneio, vira-se para a atendente no balcão, esta lhe olha com certo receio estampado na cara por ter a chamado pela segunda vez.
Num murmúrio pede desculpa e levanta...
Minutos antes enquanto ainda cruzava a sala a atendente tinha lhe olhado com um olhar como se pudesse saber o que ia dentro dela....sentiu medo, e se segurou para não voltar para trás...sabia o poder deste olhar....e mesmo que só queiram ajudar não queria agora falar como estava destroçada por dentro, como estava estilhaçada por causa de mais um amor que acreditava ser verdadeiro e que acabou sendo mais um droga, mais um dentre vários outros que colecionara na sua vida...sentiu medo daquele olhar.. olhar que não precisa de palavras, nem de sons, ela já tinha encontrado com aquele olhar em outras ocasiões...pessoas deste tipo já tinham cruzado a sua vida.... pessoas para que você não precisa falar nada, não precisa dizer uma só palavra, pois elas escutam sua alma, ouvem a dor que lhe aflige antes mesmo que a primeira lagrima comesse a escorrer pelo rosto...antes que o grito de socorro saia pela boca...e isto é o suficiente para saberem o que você esta precisando naquele momento.
Mais ela viu depois de um certo tempo quando entregou sua ficha que tinha se enganado, a atendente não era uma dessas pessoas especiais.
Era como ela...uma pessoa comum....
A atendente indica com a mão a porta, ela caminha para lá.
Olha enquanto caminha com passos duros, fortes (dentro de si, sente-se um verdadeiro castelo de cartas que a qualquer momento desmoronara, vira a baixo com apenas um sopro mais forte, havia chorado durante toda a noite e metade da manha e foi um sacrifico imenso ter escondido as olheiras, ter sumido com os olhos vermelhos...por varias vezes quis desistir daquela entrevista...não estava disposta a falar de si, de seus planos e seus sonhos...já que muitos deles sempre acabavam antes mesmo de começar... tombavam antes mesmo de sair do chão...mais não podia desistir...era uma empresa grande e prestigiada e justamente na área que ela tanto queria...estava procurando por aquela oportunidade há meses e mesmo agora num dia que o que mais queria era ficar em casa, embaixo do cobertor...ou ir para um bar qualquer e beber...enfiar álcool no seu corpo ate ele gritar para parar....não podia deixar escapar essa chance...não podia...mesmo que para isso tivesse que arrastar para fora da cama seu próprio corpo...e junto com ele toda aquela imensa dor que tinha ficado durante toda a noite lado a lado com ela).
Mais ali naquela sala ninguém parecia perceber, ninguém notava que ela estava arrastando uma dor atrás de si...só viam apenas uma mulher caminhando para uma porta onde ali dentro sentaria numa cadeira, cruzaria as pernas, olharia para a pessoa que lhe faria a entrevista e responderia as perguntas que este faria.
Enquanto caminha pensa como a vida é cruel e injusta...mesmo ali quase não aguentando mais ficar em pé...quase caindo com as feridas abertas em seu corpo... com as dores latejantes na alma....a vida continua a seguir, a ir em frente como se nada tivesse acontecido...
Nas ruas via as pessoas passarem por ela...umas felizes, sorrindo, para estas hoje era um dia bom, talvez tinham acabado de deixar a pessoa que amam na cama, no trabalho na escola....para estas o amor ainda continuava agir...ainda faziam parte de suas vidas... mesmo sabendo que para algumas destas uma hora tudo virá a tona e perceberão que o amor é apenas ilusão....assim como ela sofrerão...derramarão lágrimas....se verão em um abismo de sofrimentos e dores...
Outras mais sérias apenas andavam, passavam por ela, eram levadas por seus pés para onde deviam ir...por que é assim a vida, tendo que sempre nos obrigar a fazer o que não queremos... viam como todas pessoas seguiam suas vidas....indiferentes com a dor que ela carregava presa as suas mãos....
No céu claro e azul brilhava um sol majestoso...as aves cantavam....ouvia sorrisos ao longe...o barulho de felicidade mesmo sendo pequeno chegando ate seus ouvidos....tudo ao contrario do que sentia... enquanto dentro dela desabava uma tempestade pesada, uma fúria que destruía tudo...matando tudo que se encontrava pela frente.....como podia a vida continuar se ela estava parada...como podia seguir se ela estava imóvel....
Olha a saia que esta usando. Uma saia que vai ate seus joelhos, cobre-os deixando somente um pedaço de suas pernas nuas. Repara como suas pernas estão brancas, e que precisa o mais rápido possível de uma depilação. Esta usando um sapato de salto alto, e enquanto anda o salto vai trotrotando no piso, fazendo aquele barulho irritante...
Lembra-se mais uma vez da noite anterior...mais faz de tudo para que o pensamento saia de sua cabeça....que suma de seu coração....precisa pensar em outra coisa...precisa urgentemente antes que aquilo bote tudo a perder...
E quando entra na sala vê que a pessoa que a espera é um homem.
Por um segundo o que vem a sua cabeça é dar um tapa no seu rosto, descontar nele a dor que sente por outros homens que passaram na sua vida e a machucaram...e por uma vez bater e não apanhar...
Por que tem que sem entregar tanto a eles?
Por que dar tanto amor quando não se ganha nem metade de volta?
Segue o roteiro...fala seu nome...fala o que espera da empresa...o que ela pode fazer ali dentro....o homem faz perguntas...se já trabalhou em outras empresas....se é casada....se mora sozinha....o que gosta de fazer...se já viajou....e assim ela vai se entregando mais uma vez....e mais uma vez para um desconhecido...
Quando acaba a entrevista e se encontra no meio da rua percebe que não foi boa o suficiente...não fez seu melhor...e por isso se não ganhar aquela vaga saberá que foi por sua culpa...unicamente por sua culpa....
“Ela não merece nada”, fala uma voz ao seu lado
“Claro que merece”, responde imediatamente a outra voz que vem de dentro de dela
“Ela nunca terá o que procura” continua a voz ao seu lado
“O que sabe sobre nossa procura, o que sabe dela, quem é você?” Pergunta a voz dentro de dela
“Sou o único que pode dar a ela a paz” fala a voz
Ana percebe que a voz que tanto fala dentro de si não responde mais.
Quem será aquela voz que fez calar a outra que sempre carregou dentro de si?

sábado, 21 de março de 2009

ARTE

A arte não esta somente nos quadros e esculturas dos museus
Não esta somente nos livros das bibliotecas ou nas estantes das livrarias
A arte não esta somente gravados nos cds ou tocados nas rádios
A arte não esta só ali nos palcos dos teatros ou nas telas dos cinemas
A arte não esta somente nos grandes shows
A arte esta também nos muros das cidades, pintada no chão, nas calçadas
A arte esta nas esculturas das praças e dos parques
A arte esta nos dedos daquele homem que desenha em baixo da marquise
Nos rostos daqueles que encenam ao ar livre
A arte esta nas mãos daquela criança e nos seus malabarismos
Na voz daquele grupo, ou daquele sozinho que canta no meio da rua
A arte esta naquele que toca um violino, um violão e dança na esquina
A arte esta no pôr do sol, ou na chuva que cai sem a moldura de uma tela
A arte não esta somente em quatro paredes, mais livre em todo o espaço lá fora

quarta-feira, 18 de março de 2009

INDAGAÇÕES

Por que mentir se dentro de mim alguém fala a verdade
Por que fugir se dentro de mim alguém será achado
Por que segurar as lágrimas se alguém dentro de mim chora compulsivamente
Por que ficar em silencio se dentro de mim alguém grita, urra desesperadamente
Por que o rosto serio se dentro de mim uma criança da gargalhadas
Por que não se molhar se dentro de mim alguém já esta ensopado
Por que não se machucar se dentro de mim alguém já esta sangrando
Por que não arriscar se alguém dentro de mim já resolveu
Por que sentir medo se dentro de mim mora um guerreiro, que já lutou em varias guerras
Por que tanto do lado de fora se dentro de mim não tem quase nada
Por que andar tanto se dentro de mim alguém voa pelos mundos
Por que meu Deus escrever e escrever se dentro de mim alguém só queria falar e falar....

"Quando minha voz se calara? Espero que nunca"

domingo, 15 de março de 2009

MEMÓRIAS DE UMA ASSASSINA

"È preciso saber que numa entrega de amor, sempre acabaremos com cicatrizes, marcas que ficara incrustados na nossa pele, e são essas marcas que nos fará decidir muitas coisas...."
(Palavras de uma pessoa que sofreu vários amores)

Ela levantou com cuidado a arma até o cano ficar frente a frente dos seus olhos.
Nunca tinha pego antes em uma arma na sua vida...
Achava aquela coisa uma invenção de alguém monstruoso...barbara...
Sem outro uso alem de matar...alem de tirar vidas....
O coração batia acelerado dentro do peito...
Mais sabia que em alguns minutos ele não bateria mais, nunca mais...
Lembrou das fotos que vira na Internet e de como os rostos ficava destroçados, feios depois de levar um tiro.
Mais procurou esquecer...afastar da cabeça as imagens daqueles rostos...
Não queria pensar nisso agora, estava disposta a ir até o fim dessa vez.
A acabar com um ciclo que aprendeu a seguir. A conviver.
Estava na hora de quebrar aquele ciclo de vicio.
De lágrimas e arranhões.
Que sempre se via refugiada, encarcerada, vivendo de restos que sobravam depois.
Precisava terminar logo com aquilo antes que a outra acordasse dentro dela.
Sabia que hoje estaria vulnerável...
Não teria forças suficiente de enfrentar a outra se acaso quisesse lutar,
Não podia arriscar começar uma batalha justamente agora,
Quando já tinha ido tão longe...e estava tão próximo...
Seria colocar tudo a perder.
Pois a outra lhe venceria facilmente.
E teria que conviver com essa derrota mais uma vez ...
Junta-las a tantas outras que tinha...na infância...na adolescência...na vida adulta...
Tinha que manter a coragem, faltava pouco..muito pouco agora para se ver livre desse mundo injusto...
Durante todo o tempo a outra tentou lhe convencer a não fazer aquela besteira, a recuar.
A desistir antes que alguém saísse ferido...."como assim sair ferido"...
A outra não via quantas cicatrizes ela tinha pelo corpo...
"Quantas chagas carregava na alma... ainda abertas...sangrando...doendo...."
Num momento de fúria mandou que a outra se calasse...ela sabia o que estava fazendo...
E dentro do carro percebeu que pela primeira vez em toda a sua vida não a ouvia mais...a outra estava em silencio...muda....
Mesmo assim manteve a atenção, podia ser uma armadilha...
A outra nunca foi dessas...de ficar quieta...
Comprou a arma numa loja bem afastada da cidade.
Quase não encontrou o lugar, e depois de se perder, rodar varias horas por estradas de terra e outros atalhos conseguiu enfim encontrar a loja...
Era um sobrado velho...como lhe tinham falado...
O estranho é que durante todo o tempo que esteve ali o vendedor tentou lhe empurar uma arma que ele mesmo tinha dito que voltava sempre.
Disse que não era por que arma não funcionasse, por que ele mesmo sempre a testava toda vez que a traziam de volta e nunca encontrou nenhuma falha....
Disparava como uma outra qualquer...e na opinião dele era a melhor que possuia de todas as armas da loja...
Falou que as vezes a pessoa que tinha comprado a arma era a mesma que trazia-a de volta...
Outras vezes eram pessoas, talvez amigas, parentes daquelas que tinham comprado e por algum motivo não quiseram elas propias vir devolver e mandava outras eu seus lugares,
Simplesmente estas entravam na loja, colocavam a arma sobre o balcão e iam embora...
Nos dois casos nunca queriam o dinheiro de volta...nunca falavam nada..entravam e saiam sem uma palavra... não olhavam para trás....
Por uma fração de segundos ela desejou perguntar se ele nunca perguntou por que as pessoas traziam de volta a arma....
Mais desistiu, o que queria era comprar uma arma, atravessar novamente a cidade, voltar para sua casa e por uma vez na sua vida ir até o fim com uma decisão sem ter medo....
O que precisava naquele momento era apenas de uma arma que disparasse, que funcionasse...
E não querer saber por que ela sempre voltava para aquela loja...
Por que os outros a traziam de volta...não era um problema seu...
Mesmo com a pergunta lhe pertubando, martelando na sua cabeça...olhou para aquele homem atras do balcão e para uma arma que tinha voltado varias vezes para suas mãos e num impulso...
Na vida fazemos escolhas que não sabemos por que, do mesmo modo que não sabemos por que a vida nos traz escolhas em momentos que não esperamos...que não queremos...
Mandou o homem embrulha-la... não sabia muito bem o que estava fazendo...tinha ao seu redor milhares de outras armas, algumas que talvez nunca tivesse saido daquela loja...mais naquele momento a unica que via na sua frente era aquela.. que como ela tinha uma historia... um final sempre igual ao seu....voltar para o mesmo lugar...
Só que dessa vez nenhuma das duas voltaria...
Olhou para o homem e quiz lhe falar que ele não mais veria aquela arma..dessa vez seria diferente...aquela arma não voltaria mais para lá...
Dessa vez seu destino seria outro....
Não iria mais parar ali naquela loja no fim do mundo...
Pois quando os policiais chegasse ate sua casa recolheria ela junto ao seu corpo.... a lacraria dentro de um saco plástico...usaria ela para provar que fora apenas um suicídio de mais uma pessoa que resolveu acabar com sua própia vida...mandaria a arma para um deposito qualquer...e com o tempo voltaria novamente paras as mãos de um outra pessoa...no mais para um policial que a usaria para proteger pessoas que ele nunca tinha visto na sua vida...
Ela viu a escuridão que vinha de dentro do cano da arma.
Era a mesma escuridão que vinha de dentro dela. Que aprendeu a conviver...
A mesma que sempre a acompanhou durante toda a sua vida.
Que lhe visitava durante a noite.
Que lhe abraçava quando se via sozinha...
Sem ninguém...quando nesse momento a dor era sua única amiga e companheira.
Sentia a arma fria entre suas mãos, tremendo em seus dedos.
Sabia que ao apertar o gatilho interromperia de vez os seus sofrimentos, suas angustias, seus medos...suas lágrimas...não mais sofreria...
Sairia de uma guerra que sempre voltava com cicatrizes profundas por todo o corpo.
Feridas que jamais curavam..que sempre sangravam...e doíam...
Estava cheia de se entregar e de lhe largarem por aí, machucada.
Estava cansada de apenas amar e nunca, mais nunca mesmo ser amada de verdade.
Não aguentava mais a injustiça de compartilhar seu coração e -lo estilhaçado depois.
Sua alma já não aguentava mais tantos tapas, sempre sendo violentada por noites, dias de um amor mentiroso que só satisfaziam eles, mais nunca ela...nunca ganhava...sempre perdia...e sempre perdia muito...
Sua alma estava cansada daquelas tantas surras que levava toda vez quando um relacionamento acabava.
Quando eles diziam que o amor tinha acabado...que nem ao menos tinha começado para ela...
Sempre que começava a sentir o gosto do amor na boca, a lhe dar sabor na língua, tinha que cuspi-lo de volta, pois tinha se estragado...não podia mais ingerir...
E a porta do quarto se fechava mais uma vez, e ela novamente se via ali só, com aquela escuridão lhe rodeando.
Lhe sussurrando no ouvido que só eram as duas agora...
Alguns anos atrás tinha decidido não mais se entregar, arranjava sempre uma desculpa para não sair nos finais de semana com os amigos..não atendia os telefones dos homens que tinham conhecido em outras festas....
Esperava com isso não ter mais que amar.
Achava que trancando a porta do coração e jogando as chaves nas profundezas de um oceano poderia assim ter paz...encontrar um pouco de alegria que sempre pensou que acharia nos braços, nos lábios, nos carinhos dos homens com quem ficava.
Mais o amor sempre partia, abria suas asas e voava para outros céus....
Saia de seu horizonte....
E por isso resolveu não mais amar... não tornaria a se entregar jamais...
Com o tempo viu que não era assim.
Seu coração pedia por amor. Seu corpo pedia para ser amado, tocado.
Sua boca ansiava por outros lábios, seu sexo por ser penetrado...
E todos os dias lutava consigo mesmo..
Com aquela dentro de sim que ao contrario dela queria se entregar.
Que não queria ficar ali naquela casa assistindo tv, comendo tudo que encontrava na geladeira.
Lendo revistas, falando da vida dos outros...
Se agarravam numa luta sangrenta para não deixar que a outra saísse.
Mais um dia não conseguiu mais aguentar. E a outra saiu...
Amou, se entregou...foi feliz por alguns instantes...por alguns dias..
Sorriu...falou do que sentia...contou seus segredos... abriu seu coração...cantou...dançou e dançou....
E mais uma vez a cama voltou a ficar larga...
A porta do quarto tornou a se fechar e não mais abrir...
E ela gritou...chorou...jurando que bastaria...
Que a cura para aquilo estava na morte daquilo que lhe fazia tanto sofrer....o coração....

(continua)

sábado, 14 de março de 2009

SINTOMAS DE AMOR!!!!

Ouçam as batidas do meu coração
Escutem seus compassos fora de sintonia
Fortes, intensas, como galopes de um corcel selvagem pelas montanhas
Vejam meus olhos, o seu brilho
Não é apenas aquela nesga luz chamuscada, pálida, fria que se acostumaram ver
Olhem para suas chamas ardentes agora, suas labaredas incandescentes
Que consome...e queima
Toquem meu corpo, sintam a maciez da minha pele,
Sintam o seu contato, do mesmo jeito que ela foi tocada e amada horas atrás
Saibam que meus sentidos se tornaram mais sensíveis
Minha voz esta branda,
Posso falar com o desconhecido
Posso ouvir o bater das asas de um anjo,
A conversa das fadas, o riso da vida não gerada
Minha visão vê suas almas, o que realmente são e escondem
Toco o invisível e pego o vento com as mãos
Corro sobre os oceanos e me escondo atrás das nuvens
Prestem atenção nos meus sintomas
Sou agora um enfermo
Um doente,
Não, não precisam que me levem para um hospital
Não quero médicos com aquele seu estetoscópio ao redor do pescoço
Mesmo por que nada ouviriam
Nada saberiam(não ensinam a reconhecer a doença do amor nas universidades)
Não façam receitas seja qualquer que for
Não preciso de chás ou remédios
Nem exames, pois não conseguiriam diagnosticar minha doença
Deixe-me covalente, deixem-me nessa febre
Pois os sintomas que sofro hoje já os tive outras vezes
Passam sem que precise da ajuda de nada
Não esta no corpo, mais na alma
São sintomas de Amor

sexta-feira, 13 de março de 2009

RESPOSTAS!!!!

Quem somos?
Para onde iremos depois da morte?
Somos os únicos em nosso minúsculo planeta nesse infinito universo?
Por que odiamos algumas pessoas e para outras sentimos um afeto imenso?
Por que tanta miséria?
Por que amar é tão perigoso?
Por que ter um amor?
Por que lutar tanto e todos os dias?
Por que ter cicatrizes?
Por que perder pessoas que não queremos que vai?
Por que aceitar pessoas que chega?
Por que as coisas e as pessoas não são como a gente quer?
Por que lutar pelos nossos sonhos?
Por que esperar que tudo venha a seu tempo?
Por que Ele morreu pregado num cruz e tudo parece continuar a mesma coisa?
Por que Deus não se materializa?
Por que...por que...
Cadê as Respostas....

quarta-feira, 11 de março de 2009

ESCRITOR!!!!

Quando não escrevo me sinto deslocado,
Sem rumo
Como um guerreiro que perde sua espada
E por treinar varios anos com ela não sabe manejar uma outra
Pois ele e a espada se tornaram com o tempo uma só coisa
Aprenderam a falar a mesma lingua
Sabe de cor o peso dela, sabe qual a melhor maneira de levanta-la
Sabe qual parte estará mais afiada,
Sabe devolve-la a bainha do jeito certo
E quando deve tira-la
Um aprende respeitar o outro
As palavras são para mim minha espada
Manejo-as ainda como um aprendiz
Um discípulo que treina incansavelmente todos os dias
Que crava no papel quando é necessário
Quando os pensamentos não mais se cabem na mente
Então tiro-as para fora e vou ao combate
Me perguntam;
"Por que não escreve um livro"
Por que ainda não sei a força do meu golpe
Não sei sua intensidade,
Ser um escritor é como ser um mestre
Já sabe todas as técnicas, conhece todos segredos
Sinto que sei manejar as palavras,
Já aprendi alguns movimentos
Mais preciso treinar mais
Preciso me preparar mais
E talvez isso leve muito tempo, anos
Por que mesmo um guerreiro Bom jamais deve esquecer que precisa treinar todos os dias
Para não se pego de surpresa com sua espada em descanso

terça-feira, 10 de março de 2009

SAUDADES!!!!!

Hoje me lembrei que faz mais de um ano que fui a Paraná
Adoro viajar de ónibus, de ficar na janela olhando a paisagem passar
Vendo as cidades aparecerem e sumirem
Um novo mundo que a toda hora surge
De pessoas, lugares
Revi meus primos de muito tempo
Abracei meus tios que quase não reconheci (como eles envelheceram)
E lá me soltei,
Encantado por não ter que ver arranha-céus,
Aviões a todo momento passando em cima da casa,
Carros buzinando, pessoas apressadas nas ruas, sem aquela cacofonia normal de cidade grande
Era como se o fundo musical da minha vida fosse trocado por um mais harmonioso
O disco tinha sido mudado e dado a lugar a sons de galinhas, porcos, vacas, cachoeiras
Ouvia o canto das aves, o vento nas árvores balançando as folhas,
O barulho do rio passando lá em baixo,
O relinchar de uma cavalo distante,
O ronronar do gato que quase nunca saia de baixo do fogão
(a não ser para miar pedindo por comida ou enroscar nos nossas pernas atrás de carinho, um afago que sempre acabava ganhando na cabeça)
Adorava o barulho da chuva que quando vinha além de deixar aquele cheiro de terra molhada
Despertava vários outros sons até então calados
Eu ouvia com euforia a natureza em sua orquestra magistral e prestava atenção em tudo
Me inundava de felicidade só estar ali, caminhando descalço na terra vermelha
Comendo as frutas que tirava do próprio
Me banhando no rio, me aventurando no meio dos canaviais
Observando sem a necessidade de um telescópio as estrelas no céu claro quando a noite chegava
E era durante a noite que tudo se tornava mais belo,
O silencio era imenso,
E ao mesmo tempo o som que nascia no meio daquilo tudo era retumbante
Ali eu estava da maneira que mais gosto; em paz comigo mesmo
Longe dessa algazarra da cidade que as vezes me incomoda, me irrita
Gosto da agitação, de sair, de me divertir,
Mais adoro mais ainda quando estou em volta da natureza
E foi lá que cultivei também uma amizade que jamais tinha tido com nenhuma outra pessoa
E que nunca esquecerei,
Ainda mais por ser alguém que conhecia tão bem; meu primo
Passávamos horas conversando,trocando ideias as vezes virando a noite
Eu sempre ouvindo impressionado sua sagacidade
Sua inteligência em assuntos que imaginava não conhecer
Pois é sempre assim que imaginamos as pessoas do interior
Ignorantes, sem noção de cultura, presas naquele pequeno mundo seu longe de tudo
E falo que aprendi muito mais com ele durante os quinze dias que estive lá que com varias pessoas que convivo todos esses anos
Não nos separávamos por um minuto e tudo que ele me falava e me mostrava eu sorvia com uma intensidade insaciável
Assisti quando ele rompeu com sua namorada e chorou por vários dias
E por vários dias também fiquei em prantos, por que o seu coração sofria
Também senti a mesma dor que ele sentiu quando num momento de fúria chutou um pedra
O sangue então lhe desceu do dedo pingando pela casa toda
Vi seu rosto contorcer-se,
Só não sei dizer se era da dor do corpo, ou do coração aquela expressão
E lá dentro de mim também sangrava
Por que via que ali não estava longe da doença que nunca deixou de atacar o ser humano;
O amor,
Mais o que me machucou mesmo foi a partida, quando tive que voltar
Não sei quanto tempo ficamos abraçados quando tive que subir no ónibus
Quanto tempo ficamos ali apenas um ouvindo o soluçar do outro
Sentia suas lágrimas descerem pela minha camisa molhando-a
E as minhas molhavam a sua
Que saudades sinto sua primo...

segunda-feira, 9 de março de 2009

CEMITÉRIOS

"Jaz aqui meu..."
Então coloca-se o nome da pessoa, da lembrança, do sonho morto
E por vários dias, vários anos se fecham em luto,
Tiram do guarda roupa todo o vestuário negro que possuem e vestem
A vida torna-se secundaria, não há mais interesse em nada
Tudo é mórbido e sem graça,
Pois o mundo os tirou o prazer de viver, levou o que eram mais importante
Lhes venceram na batalha
Não lutam mais,
Guardam sua espada,
Os dias passam a ser agora todos em apenas derramar lágrimas
Se culparem,
Passam a ser perguntar insistentemente por que isso teve que acontecer justamente consigo
E não com aquela ou outra pessoa
Por que ao invés de milhões de outros seres no mundo tinha ser com elas
Na lapide escrevem só o necessário para se lembrarem do que esta ali em baixo a sete palmos
Pois ao passar do tempo vão enterrando mais e mais em seus cemitérios
Lembranças, sonhos, vontades, pessoas...
E assim vão construindo com o dia a dia dentro de si um reservatório de corpos,
Levantam muros, passam a cavar covas com as propias mãos
Fazem o velório, o cortejo, se despedem por alguns segundos
Nunca por muito tempo, pois sempre voltam
Não podem deixar o lugar sozinho
Ali esta enterrado tudo que é importante dentro delas
São coveiros
Visitantes que levam flores, acendem velas
Que choram sobre o túmulo
Também são exumadores quando querem desenterrar as lembranças
Querem ter a certeza que foi isso mesmo que aconteceu
Que morreu...que não voltara mais...
Mais nunca acham que vão ressuscitar
(não acreditam nisso, perderam a fé)
Apenas se conformam pela perda por que acham-se não merecedores
Se acham injustiçados e se revoltam sempre que podem
Gritam e esperneiam pelos seus mortos,
Brigam também com aqueles que não compareceram ao seu velório
Acham que pelo menos mereciam um abraço, uma palavra de conforto
Só o que não arriscam jamais a fazer é cremar o que enterram
Pois assim teriam somente o pó e não seria o suficiente para matar suas saudades
As horas que querem trazer a tona a chance que não tiveram
Que perderam,
Há ainda aqueles que tem suas gavetas particulares
Guardados ali os ossos das suas lembranças
Os restos que não querem se separar
E assim todos os dias mais e mais cemitérios são feitos
Pessoas que matam e enterram seus sonhos dentro de si mesmos,
Desistem no meio do caminho de suas missões, suas lutas pessoais
Que acham que a vida terminou por que ela ou ele morreu
Que ela ou ele lhe deixou
Que são feios,
Magros, gordos..
Pobres, dessa ou daquela região ou raça
Que por não terem braço, perna, serem cegos, mudos ou surdos...
Preferem deixarem enterrado o que em algum momento falaram estar morto
E só lhe restam é chorar...chorar...

domingo, 8 de março de 2009

MULHERES!!!

Confesso que sinto um pouco de medo
Certo receio, e até um frio na barriga agora,
Sensação esta que muitos já passaram
Ao querer descobrir e falar o que Elas sentem, pensam e sabem,
Sinto esse temor de querer colocar nessas linhas
Expor com palavras
O indescritível,
O que simplesmente ao nossos olhos visível é feito de carne e osso por fora
Mais por dentro composto do invisível, intangível
Uma complexidade de segredos e mistérios,
Uma odisseia de todos os dias
Um mundo própio de sentimentos, de emoções e de coragem
De superações e vitórias
Querer descrever-las é como querer conquistar o universo
Contar as estrelas
Querer saber as respostas da humanidade
Impossível,
Unicamente por que são Mulheres
Não tentem desfia-las, não queiram mergulhar nesse oceano sem saber nadar
Contente-se em apenas banhar-se em suas águas
Brincar com suas ondas
Se encantar com suas belezas
Pois jamais saberemos seu real significado
E por isso por ter o desconhecido ao lado a desejamos
A queremos a todo o instante, brigamos, choramos por sua atenção
Caminhar pelas ruas é esbarrar com uma delas
Fugir é encontrar com elas
Conquistaram com suor e luta o que sabiam ser seu também
E conseguiram
(há ainda muito que conquistar, sabemos disso)
Estão em todos os lugares,
Nas nossas casas, nas escolas, nas padarias, nos quartéis de policia...
Nos hotéis e motéis, nos shoppings, supermercados, nos governos...
Aqui e ai agora,
O ser humano veio de seu ventre
Nasceu banhado de seu sangue
São elas as primeira a falar com a gente
São elas que nos educam,
(elas, pais e mães muitas vezes)
Que acordam durante a noite para saber se estamos cobertos
Sabem quando estamos precisando de algo,
Quando estamos doentes
Quando e quando....
O mundo foi povoado por elas,
Mulheres que choram, que riem, que mandam, que lutam...
Mulheres negras, brancas, amarelas...
Mulheres que não sabemos, não entendemos, não percebemos
Mais mesmo assim a queremos,
A amamos com a força e a intensidade que também não entendem
Pois saber ama-las é querer entende-las
E isso ainda não sabemos, mais procuramos, investigamos
Todos os dias quebramos a cabeça como loucos para tentar decifrar
Mulheres,
E por isso continuamos assim tentando...tentando...


A TODAS AS MULHERES PARABÉNS POR ESSE SEU DIA, SERES ESTES QUE SEMPRE RESPEITAREI, SEMPRE CHORAREI E SEMPRE AMAREI, POSSO NUNCA CHEGAR A ENTENDE-LAS POR COMPLETO MAIS FAREI O POSSÍVEL PARA NUNCA DEIXAR DE ESTUDAR E OBSERVAR!!!!

sexta-feira, 6 de março de 2009

DIZER NÃO É PRECISO!!!!!

Dizer não também é preciso as vezes,
Não podemos dizer sim sempre,
Dizer sim só por que as pessoas querem,
Por que colocaram que nunca podemos dizer não,
Que dizer não é coisa feia
Coisa de pessoa ranzinza, mau humorada com a vida
Dizer sim quando a resposta certa é um não
È mentir para si mesmo,
Ir contra a própria vida
È tomar uma decisão que não queremos,
È ser injusto consigo mesmo,
Dizer não para não magoar os outros virou sacrifico,
Medo de ser rejeitado, de não ser compreendido
(e há aqueles que achem isso normal)
Pois siga o seu coração, seja verdadeiro com você,
Não tenha medo,
Não tenha vergonha de soletrar pausadamente o que realmente deseja,
Não importa se seja a sua mãe, seu pai, seu irmão, seu amigo
Não se permita a fazer o que não quer,
De se feririr para não ferrir,
Não importa se a pessoa fechara a cara,
Não falar com você
Apenas provara o quanto pode contar com ela
Até onde pode ir sem você por perto,
Treine o não
Repita-o varias vezes ao dia,
E use quando surgir oportunidade
Quando sentir cansaço e querem que faça algo mais,
Quando não quer mostarda no cachorro-quente
Quando só tem aquele dinheiro na carteira e chega um lhe pedindo emprestado
Quando não tem vontade de ir a uma festa,
Ou assistir há algo que não gosta,
Fale, não se sinta covarde,
Impressione, troque uma vez sua resposta
E quando perceber vera que ela estará na ponta da língua
Pronta para ser usada

quinta-feira, 5 de março de 2009

VAZIO!!!

Hoje me sinto assim vazio,
Não vazio de sentimentos, e nem vazio de amor
(este ultimo parece que cresce incontrolavelmente a cada dia, não sei se isso é bom ou ruim)
Não vazio de palavras, pois me sinto um oceano sem fim, sem horizonte
Uma cachoeira que despenca suas águas forte nas pedras
(as vezes estas mesmas águas param num lago, e ali ficam ate encontrar o caminho para o mar novamente)
Não vazio de pensamentos
(sendo que muitas vezes desejei que eles se calassem, que se silenciassem por alguns instantes)
Mais um vazio que não cessa, que me consome, me invade,
Um parasita, eu o hospedeiro
Uma voz que não cala, não se silencia e ecoa todos os dia dentro das minhas paredes,
Ja me cansei de consertar as rachaduras que fica depois,
Grita, espernea, faz de tudo para chamar minha atenção
Mais meu Deus o que fazer se não compreendo,
Não entendo ainda,
Se não sei manifesta-lo,
Mais mesmo assim sinto esse vazio,
(o vazio de não compreende-lo)
As vezes vêem de mansinho e quando vejo já se acomodou em mim,
Sentou no meu peito,
(e começa a balançar seu pés para lá e para cá)
Abraça-me e então começa a sussurrar,
Sussuros baixos, que vai ficando alto e de repente tornar-se gritos alucinantes
Berra desperadamente,
Escuto sua voz, mais não escuto o que diz,
Não entendo....
Vazio que me aleija, que me tira, que me devolve,
As vezes me sinto se tivesse perdido alguma coisa e não me lembrasse o que!!
È como andar sem um chão sob os pés,
Sem um céu sobre a cabeça,
Sem um coração no peito,
Me vejo, sei que estou ali,
Mais só corpo,
Só carne,
Minha alma esta por ai, vagando,
Indo atrás da voz, conversando com ela, ouvindo-a
E volta, mais não me diz nada,
Só o silencio,
Minha alma sabe falar com a voz, só eu que ainda não...

segunda-feira, 2 de março de 2009

MINHA COVARDIA!!!!

Fugir é para alguns covardia,
Ato inaceitável,
Para estes temos que estar sempre com o cartão de coragem em mãos
Levar em todos os lugares,
E nunca, mais nunca mesmo esquecer de passa-la quando possível,
Quando nos desafiam,
Quando se fazem de jogador da vida e nos lhe entregam uma missão para cumprir
Devemos então sacar o cartão e usar,
Não importa o preço que ira pagar,
Não importa em saber ao menos o que esta comprando
Tem que enfrentar, tem que aceitar
Seguir em frente apenas por que falaram para você seguir!!!
Não comigo,
Não quando minha voz interior diz para não seguir
Quando vejo que corro mais perigo que o necessário
Que posso perder muitas mais, do que ganhar
Então nesse momento mostro minha covardia,
O busco para nesse momento ele lutar ao meu favor
Não por que não ache que tudo na vida tem que ser vivido,
Claro que busco cada momento com intensidade
Não fujo dos meus erros, não digo não para as coisas novas,
Luto quando acho que estou pronto para lutar
(não que as vezes deixarei de brigar, nesse caso será o meu instinto se manifestando)
Não viro as costas para os desafios que tenho que enfrentar
(e que graças a Deus são muitas)
Mais do mesmo modo não coloco minha cabeça numa guilhotina,
Não atravesso uma faca no meu peito,
Não me atiro de cabeça sem uma proteção
Talvez ainda não tenha aprendido o valor de cada segundo,
Mais busco esse tesouro, e divido com as pessoas importantes ao meu redor o que posso,
E principalmente tento me concentrar no agora, não nos instantes que virão
Não nos minutos que se aproximam, não nas horas que cada vez mais chegam perto,
Mais sim nesse momento meu, único,
Que jamais se repetira, que jamais será o mesmo,
Por que devo lutar em batalhas que não são minhas?
Por que devo fazer coisas que meu coração pede para não fazer?
Por que sangrar desnecessariamente?
Só por querem que mostre minha coragem,
Que suba no palco de suas vontades,
Mostre que posso ser igual a eles,
Mais quem disse que quero ser igual a alguém,
Quem disse que devo seguir seus passos,
Quem disse que quero caminhar em suas estradas,
Que quero entrar em seu grupo,
Quem disse que devo fazer o que eles colocaram para mim fazer,
Não faço o que os outros querem, ouço primeiro a mim antes de seguir um desafio,
Se me trazer algo proveitoso, se me der algo em troca eu faço,
Faço sem medo,
Só não posso é me arriscar a fazer coisas que sei que não são para mim,
Amarelar, pisar fora, que dêem vários nomes,
Que me tachem de covarde sim,
Mais saibam que os desafios que travo todos os dias são também arriscados e emocionantes,
Por que a vida nunca deixou de testar as pessoas!!!

domingo, 1 de março de 2009

AOS ASSASSINOS!!!!

Tá posso até entender que existe pessoas que goste da ingnorancia,
Estes tem uma simpatia tão graciosa pela arrogância, como se o mundo girasse ao seu redor,
O prazer é tanto que vejo alguns mergulhar de cabeça na fonte,
(sinto apenas pena daqueles que decidem se atirar atrás)
Posso ate digerir os falsos, os mentirosos, pois existe aquelas pessoas que lhes dá credito,
Meu Deus posso até mastigar com certo esforço os sem carater
(já fui vitimas desses)
Este grupo é uns que mais detesto por que sempre se camuflam em rostos dóceis, angelicais
Muitas vezes quase impossível de detectar,
Também posso engolir os pessimistas,
Destes até tiro algum proveito
Pois sei que ao contrario deles tenho força suficiente para atingir aquilo que quero
E não fico me lamentando sem antes tentar;
Não vou falar dos ateus,
Pois acredito fervozamente que em um dado momento da vida alguma força poderosa se manifestara e nos fará ficar frente a frente a ela,
A isso daremos o nome que quiser!!!
Sobre os ladrões gostaria de ser um pouco brando com um certo grupo em particular,
Não sobre aqueles que estão no poder e desviam descaradamente milhões que é de direito nosso para seus bolsos, e ainda desfilam por aí desfrutando carros caríssimos, mansões colossais,
também aqueles se armam até os dentes e entram nos bancos, nos comércios e se apossam do que também não é seu,
O grupo que espreito e deixo de lado também rouba (não tenho como mudar tal palavra mesmo sendo a pratica para matar uma vontade que devia ser dada de graça; a fome)
A estes me ressalvo a não puni-los, a não critica-los,
Sei caro leitor que você deve estar me tachando de imprudente ao compactuar com isso,
Mesmo a ação sendo no minímo, um instinto para a sobrevivência,
Não é isso que quero passar,
A pouco tempo assisti na tv a prisão de uma mãe que ficou três meses atras das grades,
Longe de sua filha por ter roubado um litro de leite,
Pois a menina de três anos não comia a dois dias,
Nesse mesmo dia assisto com o coração sangrando e revoltado a soltura de um homem acusado de estuprar e matar uma criança!!!
Ele é rico, não tem provas que o condene!!!
E são para essas pessoas que me dedico ao desabafo agora,
Muitas vezes não acompanho os jornais,
Não assisto os noticiários por que sei o que passara, sempre são as mesmas coisas,
O mesmo escript, mortes, guerras, mais mortes e mais guerras!!!
È claro que me sensibilizo com as vidas que se perdem lá do outro lado do mundo,
Ainda mais que no meio dessa carnificina toda estão crianças que tiveram as vidas interrompidas precocemente,
Roubadas violentamente, sem mesmo reagirem, terem uma chance de lutar por elas,
O que mais me apavora é a requintade que o homem hoje usa para tirar a vida de outrem,
Como se fosse um Deus ele acha que pode tirar a vida de qualquer um assim que quiser..
Que pode de um minuto por outro apertar o gatilho e derramar o sangue de uma pessoa,
Esvair de um corpo a vida, a alma, que não lhe pertence,
Para estes meu caro leitor levanto minha bandeira negra,
Não os desejo mais mal que eles já carregam na bagagem,
Mais espero que a vida saiba lhe ensinar o poder que é
SER RESPONSÁVEL POR TIRAR UMA VIDA!!!

ESTRADA PARTICULAR

Hoje voltei a caminhar naquela estrada particular dos sentimentos,
Dos medos, decisões, escolhas, das paixões que vêem feitos dias de tempestades
E passam,
Deixam depois o rastro que foi forte enquanto durou,
Tudo continua molhado, mais o sol logo vêem e seca tudo mais uma vez
Tinha decidido não mais seguir por esse atalho
Que iria fazer um novo roteiro
Tinha até um mapa, estava nas mãos com todas as direções que devia tomar,
Não iria mais ter que caminhar na estrada que tão bem conhecia
Pois quando sabemos algo de cor não vemos o perigo que estamos correndo
Fazemos tudo sem dar a atenção devida,
Achando que não é necessário precauções,
Que podemos fazer de olhos fechados,
Mais para que arriscar fechar os olhos e não vê que um novo buraco surgiu?
Que uma pedra agora maior foi largada a alguns metros a frente
Mais mesmo assim fazemos,
Tropeçamos na pedra
Praguejamos, xigamos,
E quando erramos, nos culpamos por que erramos justamente naquilo que estava tão acostumado a fazer,
Unicamente por acreditar que podemos caminhar na escuridão
Enxergar através do negro,
E por isso mesmo sabendo o caminho tão bem acabava me perdendo
Andando a esmo, e sempre sozinho,
Queria ficar um bom tempo sem andar por ali,
Mais hoje quis cortar caminho, estava cansado de fazer longas caminhadas
Meus pés pediam por caminhos mais curtos
Também tenho que aceitar que nunca viverei só de seguir longas viagens
Preciso conhecer outros terrenos,
Terá dias que aquele caminho que estamos tão acostumado a seguir estara bloqueado,
E temos que tomar outro rumo,
E quando me vi já estava pisando em outro chão,
Enfiando novamente os pés no seu solo
As árvores me ladeando com suas frondosas flores,
Lá na frente os campos verdes, que muitas vezes parei para sentar,
Que muitas vezes me desnudei para amar e ser amado e depois esquecido
Nessa estrada tambémobstáculos
Em certo momento o percurso se torna difícil
Incrime, escorradio, perigoso
O chão se enche de cascalhos, os passos tem que ser mais cautelosos!!
Não adianta adianta-los pois posso pisar em falso e cair,
Há momento que uso as mãos para me agarrar nas rochas úmidas que aparecem
Mais tem vezes que vacilo e caio,
Não dá para sempre se agarrar a alguma coisa
Me machuco, me ralo,
Também choro, choro não por causa das dores, dos cortes
Sei que vão passar, vai se cicatrizar
Mais choro por que já cai outra vezes,
Já cruzei aquele caminho diversas vezes,
Já o testei e sabia o que me esperava,
Mais mesmo assim fui
Dei os primeiros passos
E quis continuar,
Sei que algum dia eu retornarei para a mesma estrada,
Não é todos os dias que a estrada que estou tão acostumado a andar estará livre...